Higiene sanitária em áreas de ressaca na cidade de Macapá
Resumo
Introdução: Regionalmente chamada de “cidade sobre as águas”, as áreas de ressaca constituem um seguimento da capital do Amapá de difícil acesso onde famílias se dispõem a morar sobre a arquitetura de palafitas sem o devido suporte de higiene sanitária, assim se tornando um desafio para as equipes de Estratégia e Saúde da Família (ESF) que atuam no local devido às condições propícias ao surgimento de doenças.
Objetivos: Compreender a situação da higiene sanitária, da dinâmica no cotidiano relativa ao meio ambiente e do nível de conscientização dos moradores das áreas de ressaca no bairro estudado quanto à importância das orientações repassadas pelas equipes de ESF.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de uma pesquisa de campo, qualitativa, fundamentada a partir de informações provenientes de observação direta, registros fotográficos e entrevista não estruturada realizada com oito famílias residentes nas áreas de ressaca do bairro Congós, da cidade de Macapá. Local de difícil acesso, onde as casas, interligadas pelo único meio de transito que é a construção irregular de palafitas, ficam à mercê do ritmo das águas e expostas a perigos como os oferecidos pelo acúmulo de lixo.
Resultados: Os dados coletados apontam que parte do lixo é descartada de forma inconsequente pelos moradores nas áreas de ressaca e a falta de sistema de esgoto agrava a incidência de quadros infecciosos, haja vista que a população local mantém contato habitual com a água para diversos fins. Observa-se que há conscientização quanto à importância do tratamento da água, de métodos corretos de descarte de lixo doméstico e relativa noção quanto aos fatores de riscos associados com doenças endêmicas. Contudo, foram relatadas orientações insuficientes e inadequadas, advindas dos profissionais da saúde à população da área, o que suscita desinteresse por parte dos moradores em participar de ações comunitárias.
Conclusão ou Hipóteses: Embora haja atuação de profissionais da saúde na área, percebe-se uma falta de comunicação eficaz com moradores locais, o que ocasiona relativo descaso quanto às informações repassadas pelas equipes de saúde. Logo, um envolvimento maior da população nas ações comunitárias promovidas e um maior comprometimento dos agentes de saúde pode melhorar a qualidade de vida na comunidade da área adstrita.
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