Inquérito de necessidades em saúde bucal: uma experiência exitosa

Marco Tulio Moreira de Souza, Elisane Adriana Santos Rodrigues, Cláudia de Oliveira Vilar, Flávia Camargos Duarte, Maria de Fátima Silva

Resumo


Introdução: O Inquérito de Necessidades em Saúde Bucal (INSB), como um instrumento de Vigilância Epidemiológica, orienta a coleta de dados para posterior análise e tomada de decisões no planejamento das ações de saúde bucal, subsidiando o agendamento para o atendimento individual e a freqüência da participação nos procedimentos coletivos no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) em Belo Horizonte.

Objetivos: Apresentar a experiência da Equipe de Saúde Bucal do Centro de Saúde Jardim Felicidade, situado no Distrito Sanitário Norte de Belo Horizonte - MG, buscando comparar os índices obtidos no levantamento do INSB em usuários da área de abrangência nos anos de 2010, 2011 e 2012.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um relato de experiência que partiu inicialmente da pactuação com a Comissão Local de Saúde de realizar a avaliação dos usuários adscritos utilizando o INSB. Assim, a proposta previa a avaliação de usuários em momentos oportunos como campanhas de vacina, atividades coletivas, abordagem do Programa Saúde na Escola (PSE), entre outros. As avaliações foram realizadas por toda a equipe de saúde bucal e registradas conforme os ciclos de vida, sendo os resultados apresentados em gráficos, quadros e tabelas. A proposta iniciou em 2010 e se estendeu para os anos seguintes proporcionando a continuidade desta abordagem e comparação da condição de saúde bucal ao longo do tempo.

Resultados: Foram avaliados 2173 escolares em 3 escolas da região durante o PSE; 362 crianças e 69 idosos em campanhas de vacinação; 48 jovens nas oficinas do Fica Vivo; 187 usuários nos grupos de convivência da 3ª Idade, Maria Felicidade, e de portadores de hipertensão e diabetes; 420 crianças na Associação Comunitária do Bairro Felicidade e 14 usuários em visitas domiciliares. Dentre os resultados, verificou-se que 2,2% das crianças avaliadas, 2,1% dos jovens e 28,57 dos visitados eram código 3; 1,7% das crianças, 4,16 jovens e 35,4% dos visitados eram código 2; 27% das crianças, 29,1% dos jovens e 36% dos visitados eram código 1; 78% das crianças e 64,5% dos jovens eram código 0.

Conclusão ou Hipóteses: Esta abordagem possibilita o diagnóstico e monitoramento da situação de saúde do território no âmbito coletivo e individual, funcionando como ponto de partida para o planejamento das ações na APS. Pontua-se a continuidade desta abordagem, no sentido de demarcar o impacto gerado pelas intervenções da Equipe de Saúde Bucal no território do Centro de Saúde Jardim Felicidade.


Palavras-chave


Saúde Bucal; Atenção Primária à Saúde; Inquérito de Necessidades

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