Dificuldades em implementar a sistematização da assistência de enfermagem na ESF

Resumo

Introdução: No Brasil a Sistematização da Assistência de Enfermagem recebeu apoio legal através da Resolução do COFEN nº 272 frente à necessidade em orientar as atividades de enfermagem com respaldo científico. O modelo mais conhecido para sua implantação é o proposto por Wanda Aguiar Horta. É entendida como o processo que identifica problemas, interpreta-os e organiza condutas no âmbito profissional.

Objetivos: Este estudo teve por objetivo identificar as principais dificuldades encontradas pelos enfermeiros, para a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) na Estratégia Saúde da Família (ESF), contribuindo para sua efetivação.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de uma revisão da literatura nas bases bibliográficas BDENF, LILACS, SCIELO, Utilizando os descritores: Programa Saúde da Família; enfermagem; diagnóstico de enfermagem e assistência de enfermagem. Deu-se preferência a artigos datados a partir de 2004 com idioma em português. Os dados foram coletados no período de julho e agosto de 2012. Foram selecionados 16 artigos para esta pesquisa. Todos foram detalhadamente analisados e classificados em uma tabela identificando título, autores, ano de publicação, resultados e conclusões de acordo com o objetivo do trabalho, por terem maior relevância com o tema proposto.

Resultados: O distanciamento entre a teoria e a prática, relacionado ao preparo inadequado na graduação dos estudantes de enfermagem, a carência de recursos, número reduzido de profissionais, sobrecarga de trabalho, grande demanda de pacientes, condições inadequadas do serviço, burocracia, falta de tempo, conscientização, empenho e conhecimento por parte de todos os envolvidos no processo de planejamento e execução da SAE, resultam em sua não execução e num planejamento de assistência mecanizado, repetitivo e impessoal ao paciente assistido.

Conclusão ou Hipóteses: A SAE colocada em prática na ESF desperta no enfermeiro o senso crítico embasado em princípios científicos, requerendo preparo desses profissionais durante a graduação, diminuindo a resistência a esse método. Adequando o dimensionamento de pessoal baseado na demanda de pacientes, para que ocorra a diminuição da sobrecarga de atribuições. Contribuindo para sua efetiva implantação.