Habito de fumar entre pacientes com historia de AVC e IAM

Marcus Vinicius Cunha, Letticya Pereira Machado, Debora Pavan Agnesini

Resumo


Introdução: Estima-se que atualmente o tabaco cause cinco milhões de mortes a cada ano. O consumo de um ou mais maços de cigarro por dia durante vários anos aumenta a taxa de óbito por cardiopatia isquêmica em até 200%. O habito de fumar cigarros foi claramente estabelecido como um determinante biologicamente plausível de acidentes vasculares cerebrais e também para infarto agudo do miocárdio.

Objetivos: Avaliar o conhecimento dos pacientes acometidos por IAM e AVC atendidos na Santa Casa de Ribeirão Preto sobre o risco relativo de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral em tabagistas e a prevalência do uso do tabaco nessa população.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Para realizar esse trabalho utilizou-se de um formulário que foi aplicado a pacientes com historia de IAM e AVC atendidos na Santa Casa de Ribeirão Preto ao longo de 2011. O formulário continha questões de múltipla escolha as quais tinham o objetivo de coletar informações sobre o conhecimento da população em estudo sobre o risco de fumar e a prevalência do tabagismo nessa amostra. O número de participantes foi de 120 pacientes. Esses foram divididos em 3 grupos. O 1º grupo, com 25 pacientes, era formado por analfabetos, o 2º, com 76 pacientes com primeiro grau incompleto e completo e o 3º grupo, com 19 pacientes com o segundo grau incompleto, completo e nível superior.

Resultados: No primeiro grupo, 4% não acreditam que tabagismo seja fator de risco, 96% acreditam que tabagismo seja fator de risco para IAM e AVC. Desses, 20,84% são tabagistas e 79,16% não são tabagistas. No segundo grupo, 11,14% não acreditam que tabagismo seja fator de risco, 88,86 % acreditam que tabagismo seja fator de risco para IAM e AVC. Desses, 18,84% são tabagistas e 81,16% não são tabagistas. No terceiro grupo, 100% acreditam que tabagismo seja fator de risco para IAM e AVC. Desses, 31,57% são tabagistas e 68,43% não são tabagistas.

Conclusão ou Hipóteses: O tabaco foi visto pela maioria como fator de risco. Entretanto, esse conhecimento não se mostrou suficiente para impedir o tabagismo entre os pacientes que responderam que o fumo é um fator de risco. Demonstrando que a conscientização pode não ser suficiente, necessitando de medidas mais efetivas como o encaminhamento de um maior número de fumantes ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo.






Palavras-chave


Conhecimento; Fator de Risco; Fumo

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