Estresse ocupacional em professores: detecção de sintomas relacionados ao tempo de docência

Kiviane de Carvalho Batista, Armando Costa de Oliveira, Gabriele Esmeralda Santana Leal, Silvia Helena Arias Bahia

Resumo


Introdução: O trabalho é uma importante maneira do homem se posicionar como indivíduo na sociedade. Sendo a boa condição de trabalho fator determinante e condicionante da saúde. O ato de ensinar acarreta repercussões evidentes na saúde física, mental e no desempenho profissional dos professores, por ser uma atividade, em geral, altamente estressante (AMORIM; JONAS; VANDENBERGHE, 2009; REIS et al., 2009).

Objetivos: Traçar o perfil sóciodemográfico-ocupacional e condições de saúde mental dos professores do ensino fundamental e médio do Núcleo Pedagógico Integrado (NPI) de Belém/Pa – 2009, e identificar os fatores de risco ambiental, físicos, e psicológicos que estão expostos em decorrência de seu trabalho.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo epidemiológico, observacional, descritivo, individual e seccional. A pesquisa foi realizada com 22 professores da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará no município de Belém – PA, que atuavam no ensino fundamental e médio, através de um questionário auto-aplicável e não identificável, no período de Maio a Junho de 2009. Participaram da pesquisa os professores que concordaram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, sendo excluídos os professores de educação física, de informática e de artes. Foram utilizados os programas Microsoft Excel e Microsoft Word versões 2007 para organização dos dados e editoração do texto.

Resultados: A amostra constituiu-se de 12 profissionais do gênero feminino e 10 do gênero masculino. Os sintomas como “tristeza frequente” e “perda de interesse pelas coisas” foram mais relatados nos primeiros anos de trabalho (5 a 15 anos); outros como a “decepção emocional com a profissão” já foram mais percebidos por trabalhadores a mais de 25 anos na docência. Em relação aos fatores considerados estressantes, tem-se que “o mau comportamento de alunos” representa 29% da queixas nos primeiros anos de trabalho e 15% dos que já trabalham a mais de 25 anos; e “a falta de recursos materiais para o trabalho” afeta 22% dos profissionais que trabalham a mais tempo e 14% dos que trabalham de 5 a 15 anos.

Conclusão ou Hipóteses: O professor é uma categoria profissional que está sujeita a diversos sintomas emocionais, físicos e mentais. Acredita-se que uma das medidas para reduzir o desgaste profissional é incluir no cotidiano dos docentes palestras sobre qualidade de vida e saúde e exercícios para relaxamento corporal e mental, podendo ser uma estratégia da MFC, promovendo o bem estar psicológico e a preservação da saúde.






Palavras-chave


Docentes; Trabalho; Esgotamento Profissional

Texto completo:

Sem título

Apontamentos

  • Não há apontamentos.