Ações educativas nos abrigos: promovendo saúde mães adolescentes desafiliadas
Resumo
Introdução: Inserido no contexto das políticas públicas (PNAISCA, ECA, PAISM e APS) e em parceria com abrigos (SMAS/RJ) o presente projeto de extensão busca reduzir a vulnerabilidade aos agravos à saúde sexual e reprodutiva das mães adolescentes abrigadas, através de ações educativas dialógicas que favoreçam a socialização de conhecimentos e vivências entre profissionais e jovens
Objetivos: Desenvolver ações educativas, consultas individuais e coletivas com uma abordagem dialógica no abrigo junto às mães adolescentes; Desenvolver inovações tecnológicas de assistência, pesquisa e ensino (formação e capacitação de profissionais da APS e dos abrigos), baseadas nessa prática
Metodologia ou Descrição da Experiência: As protagonistas deste projeto são as adolescentes abrigadas que estão vivenciando a maternidade em um contexto de intensa vulnerabilidade psicossocial. O cenário é um abrigo municipal (Secretaria Municipal de Assistência Social - SMAS/RJ). As ações educativas são realizadas coletivamente ou individualmente junto às adolescentes abrigadas, acadêmicos (graduação e pós-graduação) e profissionais do abrigo e da APS. As atividades são desenvolvidas semanalmente durante todo ano. O eixo principal das ações é a saúde reprodutiva e sexual, cujos temas são escolhidos a partir de discussão com os atores envolvidos
Resultados: Realizado diagnóstico das necessidades de saúde a fim de traçar um plano de ações prioritárias. As discussões desenvolvidas focaram na prevenção de agravos à saúde, reconhecimento das manifestações das DSTs e seus tratamentos; cuidados com o corpo, reconhecimento da anatomia; preconceitos sobre a prática sexual feminina. Foi estruturada uma dramatização pelas adolescentes sobre o preconceito vivido pelas jovens que engravidam nesta fase e condições de vida. Profissionais de saúde e de abrigos podem auxiliar a desvelar a realidade, apresentando fatos, situações sobre a mesma e indagando como os processos ali ocorrem, gerando discussão e reflexão que poderá resultar em ação transformadora
Conclusão ou Hipóteses: Perspectivas: Promover a capacitação dos profissionais (abrigo/APS) a partir da discussão da realidade e dos modos de viver das adolescentes, incluindo dificuldades e potencialidades do trabalho com as jovens. Promover articulação com outros projetos desenvolvidos dentro do abrigo. Propor novas e renovadas estratégias de cuidado às adolescentes abrigadas numa perspectiva de gênero e de autonomia
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